terça-feira, 22 de abril de 2008

Adeus às ilusões

Na foto de Hermano Penna, em pé, Cid Campos, José Luís Penna e Paulo Costa; sentados, Beto Carrera, Tiago Araripe e Xico Carlos.
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Ao longo de cinco anos de luta e música, o Papa Poluição foi praticamente agente de si mesmo. Claro, ter um bom empresário cuidando dos nossos interesses facilitaria muito a vida. Possivelmente melhorasse as condições de sobrevivência do grupo, também.
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Nesse meio tempo, duas figuras se anunciaram para suprir essa importante lacuna. O relacionamento com elas foi breve e decepcionante.
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Nem lembro em que ordem entraram em cena na nossa trajetória. Mas começo falando daquela mulher de aparência distinta e gestos educados. Expressava-se bem, sendo convincente em seus argumentos. Transmitia segurança e sensatez. E o melhor: mantinha escritório na Rua Augusta, com algumas funcionárias. Claro que ficamos animados ao conhecê-la. Mas nada de concreto aconteceu. Ela nos deu algum apoio em um show que já tínhamos programado. Depois nos pediu dinheiro emprestado. Pelo que lembro, não pagou.
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O segundo elemento era argentino. Muito falante, prometeu que nos transformaria em "psicose nacional". Tinha escritório na Avenida Consolação, próximo à Praça Roosevelt. Agenciava um grupo de sucesso, à época. Também vimos nele motivos para sonhar. O contato nos rendeu apenas uma apresentação numa espécie de festival de rock no Paraná. E nada mais.
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Uma bela tarde chegamos ao escritório dele e encontramos a porta fechada. Batemos... e nada. Depois descobrimos que o empresário estava acossado lá dentro, com medo da Polícia Federal. Nunca mais o vimos.
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Fecha o pano, rápido. E ponto final no nosso brevíssimo relacionamento com empresários.
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Tiago Araripe

2 comentários:

Anônimo disse...

hahahaahahahaha

Eita, Tiago!
Um argentino?!
Ah não! ;)

Tiago Araripe disse...

pois é, argentino. vai ver por isso estou escrevendo o post seguinte: tangos e morcegos.