quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Notícias do lançamento no Recife - Diário de Pernambuco

PASSA DISCO

Cabelos de Sansão é som de vanguarda

Michelle de Assumpção

michelle.assumpcao@diariodepernambuco.com.br

O (re)lançamento do CD Cabelos de Sansão, do cearense Tiago Araripe, tem uma história talvez mais interessante do que o próprio conjunto de canções que reaparecem 26 anos depois. Antes de mais nada, elas continuam fazendo a linha "esquisitas", experimentais, completamente fora do gosto comercial. Hoje, aos 56 anos, o cantor e compositor trabalha com publicidade e propaganda em Fortaleza, mas não abandonou a música. Ao contrário, deve até gravar outra produção. O responsável pela volta de Tiago foi Zeca Baleiro. O CD remasterizado, que traz a capa original, será lançado hoje, a partir das 19h, na loja Passa Disco (Shopping Sítio Trindade).

O gosto do compositor maranhense pelo trabalho de Tiago, que na época do CD integrava a turma da vanguarda de São Paulo, movimento conhecido como Lira Paulistana, vem de 1986. Foi nesse ano que, procurando discos numa loja, Baleiro deparou-se com uma capa interessante que o fez comprar o LP: um homem, magro, de cabelos compridos, cavalgando um leão em pleno espaço sideral. Foi amor à primeira audição. Em oposição a toda a massificação das baladas dos anos 80, Tiago revivia o tropicalisamo, o psicodelismo e o rock nordestino de influências regionais - no seu caso, as tradições populares da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, o reisado e o maneiro-pau.

Zeca Baleiro demorou para conhecer Tiago. Certa vez, durante um show em Fortaleza, pediu à sua produção que o localizasse. Os dois tornaram-se parceiros e, tempos depois, o músico maranhense resolveu relançar Cabelos de Sansão, o álbum que tanto o impressionou. Hoje à noite, o cantor apresenta músicas do álbum ao lado do violonista Leonardo César da Silva. O disco estará à venda por R$ 20. Fone: 3268-0888.

Diário de Pernambuco, 27 de novembro de 2008

Notícias do lançamento no Recife - Folha de Pernambuco

Tiago Araripe relança álbum na Passa Disco

Thiago Corrêa

As facilidades em baixar música pela internet têm diminuído a importância das capas para os discos. Como que para relembrar a época onde a arte gráfica tinha papel fundamental nas obras musicais, ressurge o álbum “Cabelos de Sansão”, do cearense Tiago Araripe, que será relançado hoje, às 19h, na loja Passa Disco. O artista fará a apresentação com o violonista Leonardo César da Silva.

Gravado em 1982, o disco está sendo relançado pelo selo Saravá, de Zeca Baleiro, que descobriu a bolacha porque ficou impressionado com a imagem de um cabeludo cavalgando um leão impressa na capa. Assim como a imagem sugere, o álbum é carregado de uma liberdade criativa fundamentada no espírito hippie e com fortes influências do Tropicalismo.

A sonoridade é datada, não no sentido pejorativo, mas no que remete ao universo do desbunde dos anos 80, dialogando com obras de Caetano Veloso, Ney Matogrosso, A Cor do Som e Di Melo. As músicas são bem trabalhadas, traz participações especiais de Tetê Espíndola e Itamar Assumpção, e faz referências a ritmos indígenas, maracatu e forró.

Folha de Pernambuco, 27 de novembro de 2008

Notícias do lançamento no Recife - Jornal do Commercio

» RELANÇAMENTO

Tiago Araripe está
de volta à música


Publicado em 27.11.2008

Compositor que fez parte do coletivo Nuvem 33 nos anos 70 e depois integrou a vanguarda paulistana relança Cabelo de Sansão


José Teles

teles@jc.com.br

Quem vê o cearense Tiago Araripe hoje, cinquentão, calvo, discreto no vestir, jamais irá imaginar que se trata do mesmo que, nos idos de 72 agitou a cena musical pernambucana no coletivo Nuvem 33, com o Laboratório de Sons Estranhos, o grupo mais performático daquela movimentação udigrudi. Em 1973, araripe foi para São Paulo, onde ajudou a formar a banda Papa Poluição, que marcou época na cidade. Na década de 70, foi parceiro de Tom Zé, de Cid Campos, do pai deste, Augusto de Campos. Tiago esteve envolvido na maioria das elucubrações acontecidas na paulicéia desvairada, que acabaram desaguando no começo dos 80, no que se convnecionou chamar de Vanguarda Paulista, e no primeiro selo independente importante do País, o Lira Paulistana. Seu disco Cabelos de Sansão, que relança hoje, às 19h, na Passa Disco, foi o segundo título do Lira.

O relançamento acontece graças a Zeca Baleiro, admirador do trabalho de Tiago Araripe, e que o abrigou em seu selo, o Saravá Discos. Um relançamento que deve levá-lo de volta ao estúdio. “É um resgate importante em dois níveis: primeiro, por dar oportunidade às novas gerações de ter acesso a iniciativas raras como a do Lira Paulistana no início dos anos 80, e da Saravá Discos agora. Nos dois casos, são espaços abertos para trabalhos à margem das grandes gravadoras, reveladores de outras formas de vida – no sentido de valorização da diversidade cultural. Na época do LP, era difícil classificar qual era exatamente o tipo de música que eu fazia – o mercado formal não estava preparado para vender essa indefinição”, comenta Araripe.

Passados 35 anos, ele recomeça a carreira de músico, que trocou pela publicidade. “É significativo estar de volta ao Recife, onde a viagem musical começou. O relançamento de Cabelos de Sansão abre possibilidades para outro disco, capaz de revelar composições armazenadas ao longo do tempo – inclusive parcerias com Zeca Baleiro. O resgate de Zeca é importante também do ponto de vista pessoal, ao me possibilitar uma reconexão com minha própria história de vida. A leitura que ele faz do disco começou a me mostrar novas possibilidades, indicando que o esforço não foi em vão”, diz Tiago.

Como é de praxe nos lançamentos na Passa Disco, a sessão de autógrafo será acompanhada de um pocket show, de Tiago Araripe com o violonista Leonardo César da Silva: “Vou apresentar um punhado de canções de Cabelos de Sansão. Algum elemento surpresa é sempre possível – e será sempre bem-vindo”, diz ele.

» Sessão de autógrafos e pocket show do CD Cabelos de Sansão, de Tiago Araripe, a partir das 19h, na Passa Disco (Estrada do Encanamento, 480, Parnamirim). Outras informações: 3268.0888.




quarta-feira, 26 de novembro de 2008

No ar, na Rádio Folha de Pernambuco FM

Como parte dos preparativos para o lançamento de Cabelos de Sansão no Recife, estive na tarde deste dia 26 na Rádio Folha FM, onde fui entrevistado pela bem informada Lina Fernandes (foto).

E nesta quinta 27, aguardo você na Passa Disco.

Tiago Araripe

Repercussão de Cabelos... no Maranhão

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TRIBUNA CULTURAL
por Zema Ribeiro

QUANDO A FORÇA ESTÁ NA MÚSICA

Saravá Discos, selo de Zeca Baleiro, relança o antológico Cabelos de Sansão, estréia do cearense Tiago Araripe.

(Clique na coluna
ao lado para ler
na íntegra o texto
publicado esta semana
no jornal maranhense
Tribuna do Nordeste
e replicado no blog
do autor, Zema Ribeiro.)

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Noite de autógrafos no Recife


Foto: Rodrigo Meireles / Arte: Lívia e Clarissa

Na próxima quinta-feira, espero encontrar você na Passa Disco (tel. 81 3268.0888).
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Na foto acima: Fábio Cabral, da Passa Disco.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Um garoto que amava os Beatles e as bandas cabaçais. Por Wilson Bentos.

Tiago Araripe e Zeca Baleiro, em cena do lançamento de Cabelos de Sansão em Fortaleza (22/9/2008).


(Foto: Genilson Lima)


Um dia, no final dos anos 80, o cantor e compositor Zeca Baleiro estava espiando as novidades de uma loja de discos no Rio de Janeiro, quando levou um susto: um velho LP, com um cabeludo nu cavalgando um leão na capa, revelava uma sonoridade inovadora, a fusão de ritmos nordestinos com as experimentações do movimento que ficou conhecido como Lira Paulistana, que tinha nomes como Arrigo Barnabé, Itamar Assunção, Premeditando o Breque e Tetê Espíndola. O tal cabeludo era um cearense chamado Tiago Araripe. Foi amor à primeira vista. Ou melhor: à primeira audição.

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De lá para cá, Zeca não descansou enquanto não encontrou Araripe pessoalmente. Aproveitando a oportunidade de um show em Fortaleza, pediu à produção que localizasse Tiago. O homem que apareceu à sua frente era um respeitável senhor de óculos, muito diferente do cabeludo pelado da capa do disco. Mas a voz doce e suave, que um dia Augusto de Campos comparou ao timbre dos trovadores provençais, continuava a mesma. E o talento de compositor também. Zeca Baleiro e Tiago Araripe tornaram-se parceiros, e tempos depois o músico maranhense resolveu relançar Cabelos de Sansão, o disco que tanto o tinha impressionado.

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“É um disco importantíssimo, embora pouco conhecido”, declarou Zeca em entrevista ao jornal O Povo, de Fortaleza, e que chega às lojas em 2008 pelo selo Saravá Discos, criado por Baleiro para resgatar trabalhos pouco divulgados e que normalmente não se enquadram nos projetos comerciais das grandes gravadoras.

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O relançamento coincide com a série de homenagens aos 50 anos do movimento de poesia concreta e a um de seus expoentes, o poeta e ensaísta Décio Pignatari, um dos parceiros de Tiago, juntamente com os outros líderes do movimento, os irmãos Augusto e Haroldo de Campos. O disco faz desfilar personalidades como Itamar Assunção, Tetê Espíndola, Vânia Bastos, Oswaldinho do Acordeon e o lendário Tony Ozanah (dos Beat Boys, banda que acompanhou Caetano Veloso em Alegria, Alegria no Festival da Record).

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Augusto de Campos, aliás, criou uma versão da música Little Wing, de Jimi Hendrix, especialmente para o disco. A capa é do famoso designer Alexandre Wollner e, fiel ao conteúdo experimental e vanguardista do disco, traz uma foto do cosmos captada em telescópio, contribuição do físico Augusto Damineli.

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No arranjo das músicas o produtor Wilson Souto Jr., idealizador do Lira Paulistana, fez tudo o que pôde para que as idéias vanguardistas do disco fossem executadas à risca. Foram mais de 300 horas de estúdio, que reúnem formações inusitadas como um quarteto de cordas acompanhado por tabla indiana, instrumentos andinos com sanfona nordestina e toda a parafernália do rock eletrônico. Além de uma “participação” dos Beatles, numa colagem sonora de Strawberry Fields Forever.

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UM GAROTO QUE AMAVA OS BEATLES E AS BANDAS CABAÇAIS


Irmãos Aniceto (foto: Pachelly Jamacaru)


Apesar das influências pop que o permeiam, Cabelos de Sansão não esconde a origem nordestina de Tiago. Por trás de todo o experimentalismo com que ousou desafiar o som predominantemente conformista dos anos 80 e de ainda trazer ecos do Tropicalismo, o disco revela um pouco da influência da sonoridade de tradições populares da Banda Cabaçal dos Irmãos Aniceto, dos reisados e do maneiro-pau.

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Para quem sabe da história, em determinados momentos é possível até mesmo visualizar o menino Tiago na cidade cearense do Crato, onde nasceu, de gravador em punho, registrando o som dos pífanos, triângulos e zabumbas desses grupos a pedido do avô folclorista, que muito o influenciou. Ao mesmo tempo, seu outro avô mantinha, em sua fazenda no sertão do Piauí, um baú cheio de tesouros: discos de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro e Marinês. O menino Tiago, tímido e curioso, vivia por ali, bebendo daqueles sons.

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Até que um dia, repentinamente, embriagou-se. Um vizinho do Crato, cujo pai tinha uma loja de discos, apareceu com um disco chamado Beatlemania. “Aquilo abriu para mim um novo horizonte de possibilidades musicais” - revela Tiago, que trocou o velho gravador de pilhas do avô por um violão e começou a compor suas próprias canções.

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Mais tarde, já como estudante de arquitetura no Recife, deparou-se com o Tropicalismo e com o som de outros vanguardistas como Frank Zappa e Mothers of Invention e Jimi Hendrix. E misturou tudo com os livros de ficção científica de autores como Kurt Vonnegut Jr. e Isaac Asimov. Isso, segundo ele, o levou a ser conhecido na cidade como um autor de “músicas estranhas” e a formar um grupo chamado “Nuvem 33”, no qual figuravam, além dos músicos, também artistas plásticos e atores.

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Um grupo tão performático estreou, como não poderia deixar de ser, numa peça de teatro. Armação, encenada no palco do Teatro do Parque do Recife, alternava o teatro com a música exótica do Nuvem 33. Embalado, Tiago Araripe compôs as doze músicas do espetáculo em uma semana. E logo depois voltou ao mesmo teatro com o grupo para o espetáculo de estréia da banda, já batizada. Poderia ser um show de música como outro qualquer, mas Tiago e seus amigos, inquietos, fizeram questão de incluir performances como a de um cartunista desenhando ao vivo “comentários” sobre o que ocorria no espetáculo, sendo as imagens projetadas num telão no fundo do palco.

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CRUZANDO A IPIRANGA COM A AVENIDA SÃO JOÃO


Àquela altura a cidade do Recife já era pequena demais para os projetos de Tiago Araripe. Ele ouvira falar de uma certa escola de música dirigida pelo baiano Tom Zé, em São Paulo, e resolveu arribar. Chegou atrasado. Tom Zé já tinha fechado a escola, mas resolveu apostar no jovem cearense de cabelos longos. “Ele tem a capacidade de descobrir o que cada pessoa tem de melhor e de revelar isso”, lembra Tiago que, num dos shows de Tom Zé, surpreendia a si mesmo fazendo um solo de gaita mesmo sem muita intimidade com o instrumento.

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Por intermédio de Tom Zé, Tiago conheceu Pignatari e os irmãos Campos. E foi apresentado à efervescente vanguarda paulistana dos anos 70 e 80. Com Pignatari, compôs Teu Coração Bate, o Meu Apanha (gravada no compacto simples Tom Zé e Tiago Araripe, de 1974), e Drácula, poema convertido num tango futurista pelas mãos do músico cearense e apresentado no Festival Abertura da Rede Globo, de 75. Drácula também virou um videoclipe gravado nos porões do Teatro Municipal de São Paulo e estrelado por Tiago em rede nacional no Fantástico. De Augusto de Campos, ganhou “de presente” a versão de Little Wing que enfeita Cabelos de Sansão.

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No filme Sargento Getúlio, vencedor do Festival de Gramado em 1983, a voz de Tiago Araripe flutua sobre um desempenho inesquecível de Lima Duarte, na trilha sonora criada pelo grupo Papa Poluição, fundado por Tiago e outros músicos nordestinos em 1975. Aliás, o “Papa” ainda tem seus fãs fidelíssimos, que mantêm uma comunidade no Orkut. O grupo, que misturava rock com ritmos nordestinos, gravou pequenos discos, fez shows nos mais diversos espaços de São Paulo e excursionou pelo Nordeste.

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O CD Cabelos de Sansão, o mais novo relançamento Saravá Discos, é o resultado do trabalho de Tiago Araripe pós-Papa Poluição, quando ele iniciou uma fase solo e mais experimental. É um disco histórico porque é o segundo lançado pelo selo Lira Paulistana, logo depois de Beleléu, de Itamar Assunção. Que a música de Tiago Araripe possa enfim ser ouvida pelo público que merece ter.

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Wilson Bentos

Jornalista e publicitário

(O texto acima foi gentilmente escrito para o material de divulgação de Cabelos de Sansão.)

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Cabelos de Sansão, na análise do "Estado de Minas"

Enquanto continua a repercussão de Cabelos de Sansão na imprensa do país (vide crítica acima publicada neste dia 17 no jornal Estado de Minas), os jornais de Pernambuco começam a noticiar o lançamento do CD no próximo dia 27.

A nota abaixo está na edição de 18 de novembro do Jornal do Commercio, na coluna Dia a Dia, de Roberta Jungmann:

"O compositor e publicitário cearense Tiago Araripe lança, dia 27, na Passa Disco, no Parnamirim, o CD Cabelos de Sansão. É uma reedição do LP de mesmo nome, que agora sai pelo selo Saravá, de Zeca Baleiro. Tiago é um dos integrantes da Lira Paulistana, movimento lítero-musical".

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Documentário Lira Paulistana em produção

Olhaí uma boa notícia.

Ribamar "Riba" de Castro, cearense que foi sócio do Lira Paulistana e hoje mora em Madrid, está produzindo um documentário sobre aquele que, no final dos anos 70 e início dos 80, foi um espaço de propulsão e renovação cultural na Paulicéia - em especial no que diz respeito à seara musical.

O Lira foi o epicentro do que se convencionou chamar a "vanguarda paulista".

Para que as pessoas possam acompanhar o trabalho de produção, está sendo disponibilizado um blog que mostra o desenvolvimento do making off das gravações,
passo a passo. É só acessar:

Blog Documentário Lira Paulistana.

Nosso Blog é uma das referências utilizadas, e este que vos tecla está entre os convidados do Riba.

Tiago Araripe







Na foto, Riba (primeiro plano) em ação.




terça-feira, 11 de novembro de 2008

Aniversário da Passa Disco

No Recife, muito das melhores produções musicais do Brasil em CD (e, em alguns casos, DVD) passa pela Passa Disco.

É onde tenho me atualizado com a música pernambucana, de Siba à Nação Zumbi, de Lula Queiroga a Lia de Itamaracá, de Silvério Pessoa e Cascabulho a Maciel Melo - isso para citar as aquisições mais recentes, além do Labiata de Lenine.

É onde vou lançar Cabelos de Sansão no próximo dia 27.

Falarei mais a respeito em outro momento. Agora o toque é o aniversário de 5 anos da Passa Disco, que será comemorado neste dia 12 (quarta-feira) em grande estilo.

Como informa Fábio Cabral no blog da loja, haverá "show de Arabiando e Herbert Lucena, com participações de Silvério Pessoa, Geraldo Maia, Josildo sá, Gonzaga Leal e Romero Pernambuco. Antônio Lisboa e Edmilson Ferreira comandam a cantoria".

Tudo isso é gratuito, às 19h, no Shopping Sítio da Trindade, onde está instalada a Passa Disco.

Anote o endereço: Estrada do Encanamento, 480, no bairro de Parnamirim.

Espero encontrar você lá.






Tiago Araripe

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Meg Magia, a letra

A pedido de um leitor do Blog, aí está a letra (e ficha técnica) de mais uma faixa de Cabelos de Sansão. A criação gráfica é de Andrea Pedro.

(Clique na imagem para ampliá-la.)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Gelo e silêncio










Diante de silêncios
De gelo
Eu me calo
Pelos cotovelos.


Tiago Araripe

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Cabelos de Sansão no Portal Uai, de Minas Gerais

Antes de ser compositor e cantor, Zeca Baleiro é (bom) ouvinte e colecionador de discos. A ponto de enviar pelo correio CDs importantes para jornalistas com muita vontade de criticar e pouca bagagem musical que encontra pelo país. Um dos álbuns preferidos de sua discoteca pessoal sempre foi o LP de Tiago Araripe, comprado numa loja de Niterói, quando ainda era estudante (e duro), atraído pela estranheza da capa. Agora, ele oferece aos mais jovens a chance de conhecer o trabalho de Araripe, primo menos conhecido da vanguarda paulista, capaz de apresentar a versão de Augusto de Campos para Little wing, de Jimi Hendrix, que vale o disco.

Kiko Ferreira

Seção: Música - 14/10/2008

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

O depoimento de Décio Pignatari

1973 foi um ano em que estive bem chegado à MPB. Até hoje me espanto com o pique e empenho de Tiago na criação de peças tão instigantes a partir daquelas letras que eram mais problemas do que poemas inspiracionais. Gosto muito da composição Teu coração bate, o meu apanha, seguido de Drácula. Já Hipopótamo é um nonsense infantil que nem eu entendo. E 1973 foi o ano da capa do "Todosolhos", do Tom Zé, uma bomba relógio em câmera lenta que explodiria trinta anos depois, graças a David Byrne, Tom e a minha míni-equipe de design. Mas é muito bom ver o Tiago Sansão-Canção emergindo do calabouço!

Décio Pignatari

Curitiba, Fevereiro 2008


(O texto acima foi gentilmente escrito para o material de divulgação de Cabelos de Sansão. As duas composições a que Décio se refere foram feitas a partir de letras dele que me foram apresentadas por Tom Zé. A terceira, que se tornou uma espécie de rumba dançante, me foi apresentada pelo próprio Décio e executada nos primeiros shows do Papa Poluição, em São Paulo. T.A.)