terça-feira, 29 de abril de 2008

Amigo desconhecido

Recebi há pouco de um leitor:


Caro Tiago,

Aqui, falo do lugar privilegiado de ser um admirador do
Cabelos há vinte anos - descobri o disco com uns 16, hj estou com 36. Minha ex-mulher, que hoje mora nos Eua e a quem converti às fileiras dos admiradores de seu trabalho (tenho uma vida de ações evangélicas em benefício de seu disco e dos dois primeiros da Cátia de França), me escreveu ontem mandando o link do seu blog: que alegria.

Hoje sou doutor em Letras e professor da Federal da Bahia, mas quem lhe descobriu foi um menino pobre de um bairro suburbano de Salvador - e o menino adorou sua música, que fez muito sentido pra ele, e carregou sua música na memória mundo afora. Hoje te escrevo com a pieguice meio abobalhada dos fãs pra lhe dizer aquilo que há de ser o resumo do discurso dos fãs: obrigado.

Antonio Marcos Pereira
http://antoniomarcospereira.wordpress.com/


Naturalmente sensibilizado pelo conteúdo e o tom poético da mensagem, não resisti a uma olhada no endereço eletrônico logo abaixo do nome do missivista. Encontrei um blog com textos bem escritos, homenagem ao cineasta japonês Yosujiro Ozu (1903/1963) - cuja foto copiei de lá e reproduzo aqui.

A propósito: o Amigo desconhecido que dá título a este post é uma canção do compositor e músico cearense Sérgio Sá. Tive a oportunidade de conhecê-lo em seu estúdio de gravação em São Paulo, há mais de uma década. O e-mail acima me trouxe à memória sua música e as conexões que a música é capaz de promover.

Tiago Araripe

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