sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Cine Cassino, por Luiz Carlos Salatiel

"Quando me vi diante do LP Cabelos de Sansão, do Tiago, tudo cheirava a novo e ousado. Anos 80. Era um pouco da gente do Crato irradiando de São Paulo pro mundo marcado na inesquecível canção Cine Cassino, que poetizava uma experiência comum a todos os adolescentes daqui das cidades interioranas: o escuro do cinema como grande aliado das nossas inocentes (nem tanto!) proezas libidinosas. Genial! Ainda mais, a homenagem ao nosso querido Cine Cassino com a voz do Tiago e o piano ´tresloucado´ do Arrigo Barnabé me fascinaram. Então, vinte anos depois, quando montava o elenco de canções que fariam parte desse meu Contemporâneo, naturalmente Cine Cassino foi das primeiras que me vieram à cabeça. Ao mesmo tempo homenagearia Tiago (a quem admiro muito), o Cine Cassino (que resiste e não se transformou ainda em Igreja Evangélica) e o cinema (uma paixão permanente). Acertei!"

Luiz Carlos Salatiel


Observações deste Blog:

Na Cine Cassino de Cabelos de Sansão, bem que o piano poderia ter sido do Arrigo Barnabé. Éramos vizinhos da Vila Madalena e tínhamos boa proximidade. Entretanto, Arrigo não participou do disco. Pedi a Felipe Avila, guitarrista de sólida formação musical e integrante da banda Sexo dos Anjos, que fizesse o arranjo da canção - tarefa que ele cumpriu magistralmente reunindo os timbres de violão de aço (que ele mesmo tocou), piano e cello. O piano ficou a cargo do jovem músico alemão Felix Wagner, radicado em São Paulo. Com apenas 21 anos na época, Felix já era multiinstrumentista e professor de música. O cello foi executado por Renato Lemos, e o Wilson Souto Jr. - produtor da bolacha - tocou bells. A reunião desses e de tantos outros talentos foi fundamental para a qualidade alcançada em Cabelos de Sansão. (Tiago Araripe)

3 comentários:

Marcos Vinícius Leonel disse...

Quando Cabelos de Sansão foi lançado, eu estava em São Paulo, Morando em Pinheiros, na Capote Valente. Assisti a inúmeros shows no Lira Paulistana, no Sesc Fábrica Pompéia, no Centro Cultural da Vergueiro e ainda algumas coisas no Tuca. Acompanhei atentamente todo a movimentação independente, tanto instrumental como toda produção dos novos compositores e intépretes. De Tiago Araripe assisti alguns, mas que para mim não era novo, pois já conhecia o seu trabalho anterior no Papa Poluição, inclusive cheguei a morar na casa de Bill Soares, que foi baixista do Papa, junto com Bá Freire, ex-Azes do Ritmo. Eu tenho Cabelos de Sansão como um lançameto tão importante quanto o Isca de Polícia, de Itamar Assumpção, ou qualquer disco lançado pelo Grupo Um, Divina Encrenca, Pau Brasil, Eliete Negreiros e Lelo Nazário. Mas, como todo amante da grande arte, apesar de louvar o relançameto em cd, aguardo novidades de Tiago Araripe

Tiago Araripe disse...

Marcos Vinícius,

Agradeço pelo seu depoimento.
O que espero é que, no rastro do relançamento, venha um CD com novas canções. Há parcerias com Zeca Baleiro, Paulinho Costa (ex-Papa Poluição) e outras canções inéditas em disco.
Vamos aguardar...
Tiago Araripe

Leonardo Leonel disse...

Salatiel, aqui é o Léo, Lembras? Toquei violino no teu show que retratava a américa latina. Estou residindo em Boa Viagem e sou Maestro da Banda Municipal local, como também faço música ao vivo na noite junto com os meus dois filhos: Jefferson nos teclados e Gregory na guitarra.