Em maio de 1982, a grande novidade na mídia foi a Guerra das Malvinas. Fazia tempo uma guerra não chegava tão perto, embora elas continuem insistindo em entrar em nossa sala pela tela da TV. Ingleses e argentinos à parte, Cabelos de Sansão chegava ao front da grande imprensa. Na sua edição de 26 de maio, a despeito da invasão da capa, a revista Veja abriu o que me pareceu um generoso espaço para comentar o disco. Uma pequena vitória da música alternativa. Houve credor que me ligou, achando que eu atingira o sucesso e estava rico. Mero paradoxo.
O artigo que você vai ver a seguir é do jornalista Okky de Souza. O título, à época, me pareceu mais uma ironia: eu não estava vivendo um casamento feliz. Ainda bem que o tempo cura e refaz. Ainda bem que a gente tem sempre a chance de rever a própria história com um sorriso nos lábios.
Tiago Araripe
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3 comentários:
"Cabelos de Sansão" é uma obra-prima: "Cá ou lá posso ser a estrela/Ser a selva e ser o leão/ Mas você só você me completa/Um mistério na palma da mão". E os verdadeiros mistérios não se esgotam, se renovam. Tô nessa.
Assis.
Caro Assis,
Vindo de um poeta, letrista de trabalhos musicais tão bonitos como "Baile do Menino Deus" e outros, seu comentário tem muito valor. Grande Abraço
Tiago Araripe
Sou fã desse disco desde 1982, quando o comprei após ler essa reportagem da Veja. Depois é que soube que o autor era da mesma religião que eu, que surpresa! Mas o texto fala do "artigo que vai ver a seguir", e o artigo do Okky de Souza não aparece. Tenho vontade de reler aquela reportagem.
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