O lanterninha (existiu um?) do Cine Cassino aponta com o facho de luz o meu lugar. Passo por entre as cadeiras de madeira da platéia e chego aos bastidores do mundo do cinema em São Paulo. Graças ao Papa Poluição José Luiz Penna, hoje presidente nacional do Partido Verde, participo de algumas trilhas de filmes: um curta de Jorge Bodanski, o documentário de Hermano Penna A mulher no cangaço e o longa Sargento Getúlio. Até que, trabalhando como revisor de textos, chego na equipe de redação do Guia de Filmes para TV e Vídeo da Nova Cultural. Uma espécie de oásis em meio a tarefas mais árduas, como revisar a Enciclopédia Nova Larousse ou romances femininos água-com-açúcar que pareciam ter sempre o mesmo enredo. Ali, durante três anos seguidos, convivi com pessoas que pareciam respirar cinema 24 horas por dia. E ainda ganhava algum dinheiro para me manter e pagar a pensão das minhas filhas.
A publicação era organizada por gêneros, e havia
especialistas em gêneros específicos como Musicais e Infantis, e subgêneros como Ópera e Balé. Às vezes aconteciam longas discussões para decidir se determinado filme merecia três ou quatro estrelas, se era policial ou de suspense, se dada informação era ou não relevante. Mesmo não sendo da turma, me senti em casa.
Minha principal tarefa no Guia era digitar os verbetes para abastecer o programa de classificação dos filmes, além de revisar os textos dos boxes informativos. Com o tempo passei a propor também pautas e redigir pequenas matérias. Uma delas, como não podia deixar de ser, teve como tema o filme Sargento Getúlio. É o que você vai ver no próximo post.
Tiago Araripe
quarta-feira, 30 de janeiro de 2008
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