Pela publicação eu soube do destino de músicos com quem compartilhei palcos de Recife, em 1971 e 1972. Em alguns casos, um trágico destino.
O Nuvem 33 é citado algumas vezes en passant, como neste depoimento - datado de 1974 - do também jornalista e músico Marco Polo:
Acho que o Tamarineira foi muito importante no movimento musical recifense porque, por coincidência, nós pegamos uma fase em que o público jovem pernambucano estava se descondicionando de todas as repressões que sofria e procurando uma liberdade de comportamento que antes não tinha. Então coincidiu de a gente começar numa época em que todos os caras jovens do Recife estavam numa ânsia terrível de se integrar a uma cultura, vamos dizer, pop, e aqui ainda não existia nada assim. Existiam, claro, alguns precursores, como Flávio e Tiago do Nuvem 33, mas a coisa ainda não tinha criado um clima de movimento. Então a importância do grupo foi mais cultural que musical.
Outro lançamento recente possivelmente ofereça generosa complementação ao livro de José Teles. Falo de Hibridismos musicais de Chico Science e Nação Zumbi, de Herom Vargas.
Se você está disposto a mergulhar nessa história, vale investigar.
Tiago Araripe
Nenhum comentário:
Postar um comentário