Suzana Salles e Ná Ozzetti me indicaram a professora de canto de ambas, Cláudia Mocchi. Durante um ano ela me deu aulas de técnicas vocais no estúdio anexo à sua casa, no bairro de Moema. Mulher notável. Morou na Itália, onde foi soprano no Scala de Milão e teve bem sucedida carreira interrompida por motivos que recheariam um bom romance. Aliás, ela tinha planos de escrever um livro sobre a própria vida. Espero que tenha escrito.
Na época Cláudia Mocchi também ensinava a cantoras como Virgínia Rosa (intérprete da bela canção A flor e a quem fui apresentado quando ela começou a fazer vocais, com Suzana, na Banda Isca de Polícia do Itamar Assumpção) e a cearense Mona Gadelha (que conheci após uma apresentação do Papa Poluição em Fortaleza e reencontrei anos depois em São Paulo).
Entre os revisores da Abril trabalhei também com Gabriella Santini, uma pessoa admirável. Ficamos amigos, e não raro ela estava nos meus shows, com o bom astral que lhe era peculiar. Tinha uma bonita voz, e a convidei para os vocais do disco Cabelos de Sansão. Lembro da emoção da Gabi ao cantar ao lado de intérpretes como Tetê Espíndola, Itamar Assumpção, Vânia Bastos, Passoca... Descanse em paz, Gabriella.
Saí da Editora Abril quando o Chico César estava entrando. Como ter dois revisores músicos logo virou notícia na empresa, fomos imediatamente apresentados. Ainda devo ter, em algum lugar, a fita cassete que o Chico me deu na época. Reúne algumas canções demo que depois seriam gravadas e se tornariam conhecidas no Brasil inteiro, como Béradêro e You Yuri.
Aos revisores, aquele abraço.
Tiago Araripe
quarta-feira, 12 de março de 2008
O revisor - 2
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