quinta-feira, 3 de abril de 2008

O que seria sua vida sem você?

Este Blog traz à tona ampla rede de relacionamentos tecida ao longo da minha vida, tendo quase sempre a música e a arte como motivo ou cenário. Escrevê-lo é como reconectar fios invisíveis traçados pelo Tempo. É perceber que tudo o que foi vivido não foi em vão.

E como muitos acontecimentos se interligam nessa teia de memórias, lembro de um dos meus filmes prediletos: A felicidade não se compra. Com direção certeira de Frank Capra, conta a história de George Bailey (James Stewart) que, após uma série de decepções, decide pôr fim à própria vida. É quando um providencial anjo adquire forma humana para salvá-lo. Mais do que isso, possibilita a Bailey ver como teria sido a vida das pessoas do seu círculo de relacionamento sem a presença dele. Só então nosso herói pode perceber o quanto é importante para a família, os amigos, a comunidade.

A felicidade não se compra nos faz refletir sobre a nossa própria interrelação com as pessoas à nossa volta. De ponto de vista dessas pessoas, que diferença faria nossa ausência para amores, familiares, vizinhos e tantos seres humanos que povoam a nossa existência? Enfim, o quanto significamos para os outros? O quanto cada pessoa significa para nós?

É como diz Gonzaguinha, na canção Caminhos do coração:


E aprendi que se depende sempre
De tanta, muita, diferente gente
Toda pessoa sempre é as marcas
Das lições diárias de outras tantas pessoas


Uma das razões de ser deste Blog é, ao reacender algumas dessas marcas, refazer laços humanos e promover novas conexões. Isso já está acontecendo.

Enquanto isso assista abaixo o trailer do filme (há cópia disponível em versão colorizada). Quem sabe você se anima a passar na locadora mais próxima.



Tiago Araripe

2 comentários:

Carlos Rafael Dias disse...

Caro Tiago,

Vi esse filme, e adorei. Adoro Frank Capra ("As Mulheres Fazem os Homens", versão de "Mr. Smith Goes To Washington"), com o mesmo ator de "A Felicidade...", James Stewart, com sua cara de caipira idealista, um Sassá Mutema norte-americano.
Concordo integralmente com você no comentário sobre "A felicidade...".

Tiago Araripe disse...

pois é, carlos rafael. e olha que o filme é de 1946. tem outro ritmo de narrativa... não é todo mundo que consegue encarar. mas depois que se mergulha, há muito o que se ver.
abraço.
tiago